sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Evangelion Part.4 - O mistério, a obra, o recomeço!

  Descrição da Árvore da Vida em diferentes culturas





A Árvore da Vida em Eva tem um significado peculiar. A purificação da humanidade através da escolha de Shinji. Aqui, a título de curiosidade, um post exclusivo sobre ela na cultura mundial.


~ Babilônia

Alguns escritos religiosos da antiga Caldeia afirmam que:

"Próximo de Eridu havia um jardim em que havia misteriosa Árvore Sagrada, uma Árvore da Vida, plantada pelos deuses, cujas raízes eram profundas, ao passo que seus ramos atingiam o céu, protegido por espíritos guardiões, e sem nenhum homem entrar."

John Elder, no seu livro Prophets, Idols and Diggers (Profetas, Ídolos e Escavadores), comenta:

"Na antiga literatura babilónica há frequentes referências à Árvore da Vida, tal como mencionada em Génesis 2:9. Representações da árvore são frequentes em baixos-relevos e selos de alabastro. Seus frutos supostamente conferiam vida eterna aos que comessem deles. Certa impressão em um selo cilíndrico entre as encontradas parece ser gravura da tentação e da Árvore da Vida."

~ Mitologia escandinava ( Nordicos e vikings)



A Yggdrasill, sob uma das raízes da qual se dizia manar uma fonte em que residiam todo o conhecimento e toda a sabedoria

~ Mitologia grega

"Acreditava-se que os Jardins das Hesperides, com as maçãs de ouro, existiam numa ilha do oceano [...] Eram muito famosos na antiguidade; pois era lá que fluíam as fontes de néctar, pelo divã de Zeus, e ali que a terra exibia as mais raras bênçãos dos deuses; era outro Éden"

~ Egito

Os antigos egípcios, também possuíam lendas similares sendo que numa delas se apresentava a crença de que, depois do Faraó morrer, havia uma árvore da vida da qual teria de comer para se sustentar no domínio do seu pai, Rá.

~Descrição bíblica

Deus permitiu que Adão e Eva comessem do fruto da árvore da vida, pois foi dito:

"E ordenou o SENHOR Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente," (Gen 2:16)

Com exceção de UMA, a que garantia o conhecimento do bem e do mal. Aceitando esse raciocínio, era o fruto dessa árvore que garantia a vida eterna.

Segundo o relato bíblico, esta árvore já havia sido colocada no jardim antes da criação do primeiro homem, Adão. Refere-se apenas a sua localização, no centro do Jardim do Éden e que o primeiro casal humano não buscou esta árvore, pois já possuía vida em abundância. Quando Adão e Eva desobedeceram a Deus, foram-lhes negados a oportunidade de comer daquela árvore, impedindo a eles e à sua descendência de alcançar a vida eterna. Como forma de impedir tanto Adão como Eva e a seus filhos voltarem a entrar no Jardim, e consequentemente tomarem dos frutos da Árvore da Vida. 

Muitos afirmam que esta árvore não possuiria qualidades intrinsecamente vitalizadoras nos seus frutos, mas seria um simbolo da garantia de vida eterna por parte de Deus, para aqueles a quem Ele permitisse comer dos seus frutos, talvez, após comprovar sua fidelidade de forma satisfatória. 

~Referências no texto bíblico

* Génesis 2:9

"Jeová (Deus) fez assim brotar do solo toda árvore de aspecto desejável e boa para alimento, e também a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do que é bom e do que é mau." -

* Génesis 3:22-24

"Então disse o Senhor Deus: Eis que o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal; ora, para que não estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma e viva eternamente, o Senhor Deus, pois, o lançou fora do jardim do Éden, para lavrar a terra de que fora tomado. E havendo lançado fora o homem, pôs querubins ao oriente do jardim do Éden, e uma espada inflamada que andava ao redor, para guardar o caminho da árvore da vida." -

* Revelação ou Apocalipse 2:7

"Quem tiver ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor darei de comer (do fruto) da árvore da vida, que se acha no paraíso de Deus."

E a Arvoré da Vida na cabala? Do que se trata?

Muitos já devem ter ouvido falar sobre o fato da cabala estar rondando o mundo das celebridades de uns tempos para cá. Madonna, Glória Maria, Paulo Ricardo, Luisa Mell (okay, dessa poucos lembram) por exemplo, são adeptos. A rainha do pop tatuou em si mesma números cabalísticos, aos quais, ela atribui garantir boa sorte. Também deve ser de conhecimentos de alguns, que essas celebridades seguem determinados hábitos, os quais julgam mais adequados para "alcançar a plenitude do espirito". Bem esquisito, não? Bem, tudo isso se trata apenas de modismo. A cabala, nada mais é que uma forma numérica de interpretar escrituras antigas, tendo como finalidade compreender como aquela passagem bíblica, do corão, ou outro livro sagrado, pode ser útil para entender a si mesmo e lhe tornar um ser humano melhor.

Para compreender, vamos utilizar um exemplo simples:

7 na Bíblia é um número simbólico. Representa algo completo, concretizado. Então, ao ler uma passagem bíblica que possua menções, ou escrituras codificadas que simbolizem o número 7, um estudioso da cabala pode dizer como aquela passagem pode ensinar algo você.

A cabala ensina que todo ser humano é uma obra em execução. Qualquer dor, desapontamento ou caos que exista em nossas vidas não ocorre por nada. Apenas porque ainda não terminamos o trabalho (ou caminho) que temos a trilhar por aqui. Esse trabalho de aperfeiçoamento é o processo de nos libertarmos do domínio do ego humano e de criar uma afinidade com a essência e partilha das coisas de Deus.

Na vida do dia-a-dia, esta transformação significa desapegar-se da raiva, da inveja e de outros comportamentos reativos em favor da paciência, empatia e compaixão. Não significa abrir mão de todos os desejos e ir viver no topo de uma montanha. Muito pelo contrário, significa desejar mais da plenitude para a qual a humanidade foi criada para obter.

Por isso, muitas vezes atribui-se a cabala, o conhecimento universal ou a resposta para busca de todas as pessoas: um estado satisfatório com seu próximo e consigo mesmo. De fato, é uma filosofia ao mesmo tempo interessante e atemporal.

O termo "Cabala" veio a ser usado até meados do século XI, e naquele tempo referia-se à escola de pensamento (Judaica) relacionada ao misticismo esotérico.

Desde esses tempos, trabalhos Cabalísticos ganharam uma audiência maior fora da comunidade Judaica. Assim versões Cristãs da Cabala começaram a desenvolver-se; no início do século XVIII a cabala passou a ter um amplo uso por filósofos herméticos, neo-pagãos e outros novos grupos religiosos. Hoje esta palavra pode ser usada para descrever muitas escolas Judaicas, Cristãs ou neo-pagãs de misticismo esotérico. Leve-se em conta que cada grupo destes tem diferentes conjuntos de livros que eles mantem como parte de sua tradição e rejeitam as interpretações de cada um dos outros grupos.

Ironicamente, como percebem, a Cabala pode ser facilmente considerada uma cultura de ocultistas e praticantes de religiões neo-pagãs, porém, na sua essência a cabala nasceu no seio do judaísmo rabínico (sendo desconhecida por outras vertentes israelíticas, como o judaísmo caraíta), existindo muitos estudiosos não judeus, tais como os cristãos Knorr-von-Rosenroth, Pico Della Mirandola e Sir Isaac Newton.

~ Principais textos cabalisticos

O primeiro livro na Cabala a ser escrito, existente ainda hoje, é o Sefer Yetzirah ("Livro da criação"), escrito por Abraão, o pai das religiões chamadas abraâmicas, ou "religiões do livro", que são as três grandes religiões monoteístas: judaísmo, cristianismo e islamismo. Os primeiros comentários sobre este pequeno livro foram escritos durante o século X, e o texto em si é citado desde o século VI. Sua origem histórica não é clara. Como muitos textos místicos Judeus, o Sefer Yetzirah foi escrito de uma maneira que pode parecer insignificante para aqueles que o leem sem um conhecimento maior sobre o Tanakh (Bíblia Judaica ,equivalente ao Antigo Testamento) e o Midrash.

O trabalho mais importante da cabala é o Zohar (זהר "Esplendor"). Trata-se de um comentário esotérico e místico sobre o Torah(Referente ao Pentateuco do Antigo Testamento), escrito em aramaico. A tradição ortodoxa judaica afirma que foi escrito pelo Rabino Shimon ben Yohai durante o século II. No século XII, um judeu espanhol chamado Moshe de Leon declarou ter descoberto o texto do Zohar, o texto foi então publicado e distribuído por todo o mundo judeu. Gerschom Scholem, que foi um célebre historiador e estudante da Cabala, mostrou que o próprio de Leon teria sido o autor do Zohar: Entre suas provas, uma é que o texto utiliza a gramática e estruturas frasais da língua espanhola do século XII; outra é que o autor não tinha um conhecimento exato de Israel. O Zohar contém e elabora sobre muito do material encontrado no Sefer Yetzirah e no Sefer Bahir, e sem dúvida é a obra cabalística por excelência.

O Zohar propõe que a alma humana possui três elementos, o nefesh, ru'ach, e neshamah. O nefesh é encontrado em todos os humanos e entra no corpo físico durante o nascimento. É a fonte da natureza física e psicológica do indivíduo. As próximas duas partes da alma não são implantadas durante o nascimento, mas são criadas lentamente com o passar do tempo; Seu desenvolvimento depende das ações e crenças do indivíduo. É dito que elas só existem por completo em pessoas espiritualmente despertas. Uma forma comum de explicar as três partes da alma é como mostrado a seguir:

* Nefesh - A parte inferior ou animal da alma. Está associada aos instintos e desejos corporais.
* Ruach - A alma mediana, o espírito. Ela contém as virtudes morais e a habilidade de distinguir o bem e o mal.
* Neshamah - A alma superior, ou super-alma. Essa separa o homem de todas as outras formas de vida. Está relacionada ao intelecto, e permite ao homem aproveitar e se beneficiar da pós-vida. Essa parte da alma é fornecida tanto para judeus quanto para não-judeus no nascimento. Ela permite ao indivíduo ter alguma consciência da existência e presença de Deus.

A Raaya Meheimna, uma adição posterior ao Zohar por um autor desconhecido, sugere que haja mais duas partes da alma, a chayyah e a yehidah. Gershom Scholem escreve que essas "eram consideradas como representantes dos níveis mais elevados de percepção intuitiva, e estar ao alcance somente de alguns poucos escolhidos".

* Chayyah - A parte da alma que permite ao homem a percepção da divina força.
* Yehidah - O mais alto nível da alma, pelo qual o homem pode atingir a união máxima com Deus.

Como vimos, a cabala tem um pé no misticismo, outro na filosofia e outro na religião, puxando bem mais para o primeiro e segundo destes. Assim sendo, existe um sistema usado para explicar o estado no qual a pessoa se encontra e quanto falta para alcançar o Yehidah, no caso a plenitude máxima consigo mesmo ( e com Deus). É a já mencionada, Árvore da Vida:





As esferas são chamadas sephiras e seriam os "frutos" da árvore bíblica, que por sua vez, os atributos para alcançar o estado perfeito, do mesmo modo como Deus.


Ao lermos sobre os significados destas esferas, entendemos melhor que uma leva a outra, para então alçar e sem uma, as outras se tornam incompletas. Por exemplo: o reino simboliza o nosso mundo, o mundo fisico. Ao subir percebemos que existe uma Sephira chamada Hod ( Esplendor, reverbação). É um canal de aprimoramento interno, de identificação com próximo, sendo uma forma de aceitação do pensamento, de reconhecimento. Já há direita, temos o Nezah (Vitória). É o estado em que existe a vontade de reciprocidade, a busca pelo próximo e a superação dos próprios limites, propagando o pensamento eterno. A medida que se sobe, os cabalisticos aprendem que a essência destes caminhos, representam bem mais do que pura e simples interpretação do ser humano. Para cada ocasião, e ramo cabalístico, há um modo de empregar isso na vida de alguém. Por isso, investigando a natureza de Deus, os praticantes da cabala buscam podermos reclamar as dádivas para as quais fomos criados para receber, primeiro merecendo essas dádivas. Nós as merecemos quando nos envolvemos com nosso trabalho espiritual – o processo de transformarmos a nós próprios na essência.

Descrição completa das Sephiras:

Fonte: Wikipedia

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